sábado, 8 de fevereiro de 2014

Revisão de FGTS pode dobrar o saldo. Saiba quanto você pode ganhar

8/2/2014 às 00h15 (Atualizado em 8/2/2014 às 12h09)

Se a Justiça decidir a favor dos trabalhadores, Caixa terá que desembolsar R$ 200 bilhões

Joyce Carla, do R7

A discussão sobre o índice a ser usado para corrigir o saldo das contas de FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) ganhou um novo capítulo nesta semana, quando a DPU (Defensoria Pública da União) entrou com uma ação coletiva na Justiça Federal no Rio Grande do Sul.

Se o juiz der ganho de causa para os trabalhadores, o saldo do fundo de garantia pode dobrar de valor, segundo o Instituto FGTS Fácil. Confira abaixo alguns exemplos da diferença na remuneração desde 1999 a janeiro deste ano.

Atualmente, o saldo das contas do fundo de garantia de todos os trabalhadores com carteira assinada é corrigido pela TR (Taxa Referencial) mais 3% ao ano. No entanto, esse cálculo não reflete a inflação. Com isso, os trabalhadores estão perdendo o poder de compra.

Segundo o presidente do Instituto FGTS Fácil, Mario Alberto Avelino, os trabalhadores precisam saber exatamente quanto eles têm em conta para calcular o que teriam direito se o saldo fosse corrigido pelo INPC (Índice Nacional de Preço ao Consumidor), por exemplo.

— Criamos uma ferramenta gratuita para que todas as pessoas possam saber o quanto terão de correção. Mas os trabalhadores não devem ficar esperando uma decisão sobre essa ação na Justiça gaúcha. Cada profissional deve entrar com uma ação, seja individual, em grupo de até dez pessoas ou por meio dos sindicatos, com cobrança simbólica que vai de R$ 5 a R$ 10.

De acordo com Avelino, se a Justiça decidir que os trabalhadores têm direito a receber a correção pelo INPC, no lugar do cálculo atual, haverá um impacto de R$ 200 bilhões.

— Apenas de multas por demissão sem justa causa nesse período, as empresas deixaram de pagar R$ 50 bilhões.





Saldo em julho de 1999
Saldo atual com remuneração de TR+3% ao ano
Quanto teria hoje se a remuneração fosse pelo INPC
Diferença acumulada até 10/01/2014
 R$ 1.000,00
 R$ 1.990,02
 R$ 4.005,92
 R$ 2.015,90
 R$ 2.000,00
 R$ 3.980,04
 R$ 8.011,84
 R$ 4.031,80
 R$ 3.000,00
 R$ 5.770,06
 R$ 12.017,76
 R$ 6.047,70
 R$ 4.000,00
 R$ 7.960,08
 R$ 16.023,68
 R$ 8.063,60
 R$ 5.000,00
 R$ 9.950,10
 R$ 20.029,60
 R$ 10.079,50
 R$ 10.000,00
 R$ 19.900,20
 R$ 40.059,20
 R$ 20.159,00



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